Para o bem do futebol, o Fluminense dos chuveirinhos e bolas paradas acabou de ser eliminado da Libertadores. E o Olimpia, time bem mais ou menos, não precisou jogar mais do que cinco minutos de bola pra despachar a turma do laranjal de volta pra casa com o rabo entre as pernas. Castigo pra lá de merecido, dada a péssima qualidade de jogo apresentada pelos tricolores ao longo de todo o torneio.
Não é de hoje que venho falando do nível ridículo dos nossos técnicos. Sempre que toco no assunto, faço questão de lembrar dos nomes de Abel e Muricy. Não é perseguição. Acontece que esses dois, na minha humilde maneira de enxergar as coisas, são, atualmente, ícones do que pode existir de pior em relação ao jogo bem jogado. O que eles praticam é a antítese disso. Há anos apresentam trabalhos dignos de cozinheiro de uma pensão de fundo de quintal e mesmo assim são tidos e mantidos por alguns como se fossem grandes chefs da culinária mais requintada. Quem paga 700, 800 mil reais por mês a caras como esses – sintam-se livres pra incluir aqui quaisquer outros do mesmo naipe – não pode esperar ter sorte melhor na vida. Pois fez muito bem o futebol em nos livrar da ameaça de ver uma equipe com um estilo tão preguiçoso e covarde vencer essa competição, que há tempos deixou de ter o glamour de outrora, mas que ainda guarda um mínimo de dignidade, pra pelo menos não ter que passar por mais essa desilusão.